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sábado, 22 de março de 2014

       Lembrando o retorno de Kardec ao Mundo Espiritual
Como apagados colaboradores da Terceira Revelação, não podemos deixar de lembrar que neste derradeiro dia de março partia da Terra o insígne professor que legou-nos o imenso trabalho de reunir em livros o Consolador prometido por Jesus, trazendo para a Humanidade mais uma etapa de importantes esclarecimentos e conhecimentos para o nosso progresso. Lembramos a todos que existem inúmeras obras que detalham a vida e a obra deste grande apóstolo de Jesus. Aqui neste espaço diminuto, apenas queremos lembrá-lo em poucas palavras e com muito carinho pela sua dedicação, aproveitando as palavras, no final, do nosso querido Humberto de Campos cuja pena aprofunda todos os nossos sentimentos.
Com 65 anos incompletos, Allan Kardec, depois de intensa atividade à qual se dedicou com amor, afinco e esforço heróico à causa Espírita, desencarnou em Paris no dia 31 de março de 1869. O corpo do Codificador ou Organizador da Doutrina Espírita foi sepultado no cemitério Montmartre, sendo, posteriormente transferido para o cemitério Père-Lachaise, com a seguinte inscrição no pórtico do dolmen, que resume a Doutrina Espírita: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei".
Poucos sabem a sua história como professor e escritor famoso, pois usava o nome de Hyppolite Léon Denizard Rivail, nome este de nascimento, antes de dedicar-se aos estudos Espíritas e muito menos a sua trajetória espiritual que o levou à missão aqui na Terra, como organizador do Espiritismo, por ordem do próprio Cristo, em virtude de ser Espírito Elevado, sendo, portanto, capacitado para tal. Allan Kardec foi o elo de ligação entre a Espiritualidade Superior e os homens. Os Espíritos Superiores, sob orientação de Jesus, confiaram a ele a difícil tarefa de convencer sábios, pensadores, filósofos e cientistas de renome, tendo em vista que estes não aceitavam os princípios espirituais defendidos pela desacreditada religião oficial, que havia falido no propósito de espiritualizar a Humanidade.
"Conta-se que logo após a sua desencarnação, quando o corpo ainda não havia baixado ao Montmartre para descansar à sombra do dólmen dos seus valorosos antepassados, uma multidão de Espíritos veio saudar o mestre no limiar do sepulcro. Eram antigos homens do povo, seres infelizes que ele havia consolado e redimido com as suas ações prestigiosas, e, quando se entregavam às mais santas expansões afetivas, um lâmpada maravilhosa caiu do céu sobre a grande assembleia dos humildes, iluminando-a com a luz que, por sua vez, era formada de expressões do seu 'Evangelho Segundo o Espiritismo', ao mesmo tempo que uma voz poderosa e suave dizia do Infinito:
"Kardec, regozija-te com a tua obra! A luz que acendeste com os teus sacrifícios na estrada escura das descrenças humanas vem felicitar-te nos pórticos misteriosos da Imortalidade... O mel suave da esperança e da fé que derramaste nos corações sofredores da Terra, reconduzindo-os para a confiança na minha misericórdia, hoje se entorna em tua própria alma, fortificando-te para a claridade maravilhosa do futuro. No Céu estão guardados todos os prantos que choraste e todos os sacrifícios que empreendeste... Alegra-te no Senhor, pois teus labores não ficaram perdidos. Tua palavra será uma bênção para os infelizes e para os desafortunados do mundo, e ao influxo de tuas obras a Terra conhecerá o Evangelho no seu novo dia!... "
Acrescenta-se, então, que grandes legiões de Espíritos eleitos entoaram na Imensidade um hino de hosanas ao homem que organizara as primícias do Consolador para o planeta terreno e que , escoltado pelas multidões de seres agradecidos e felizes, foi o mestre, em demanda das esferas luminosas, receber a nova palavra de Jesus.
Kardec! eu não te conheci e nem te poderia entender na minha condição de homem perverso da Terra, mas recebe, no dia em que o mundo lembra, comovido, a tua presença entre os homens, o preito da minha amizade e da minha admiração." (Espírito Humberto de Campos-Crônicas de Além Túmulo-C. Xavier)