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sábado, 27 de dezembro de 2014

                            MAIS UM NOVO ANO
Ao encerrarmos mais um ano de muitas atividades, naturalmente fazemos um balanço do que aconteceu em nossas vidas, apontando as coisas boas e as ruins,sendo que, em geral, damos ênfase a estas últimas, como fazem os canais de TV, fazendo as tais "retrospectivas", revivendo as tragédias que chocaram famílias e povos neste período.
Mas, todos esperamos que o ano novo que se inicia seja diferente, com muitas coisas boas, mesmo que, muitas vezes, sejam coisas que prejudiquem a nossa saúde, ou sejam obtidas com mais facilidade, através de atalhos. O que importa, para muita gente, é chegar lá, é usufruir de algo cobiçado, como dinheiro, por exemplo, que compra quase tudo. Só não compra a nossa paz, e muitas vezes nem a saúde. Mas só sentimos falta de paz e saúde quando as perdemos, quando vem as atribulações, e temos de enfrentar as aflições. 
Aqui neste planeta, que Allan Kardec explica ser um local de provas e expiações, jamais o homem foi verdadeiramente feliz, porque a felicidade não é deste mundo. Estando o homem em evolução, é natural que o ambiente em que viva não seja ainda um paraíso. O paraíso é reservado àqueles que já se aperfeiçoaram, para merecê-lo.
E aqui na Terra ainda estamos em fase de construção. Nossa morada planetária ainda requer muitas lapidações, muitos ajustes, tanto internos como externos, para tornar-se uma boa morada. 
E toda construção deve basear-se na rocha firme para não ser abalada. Ao longo dos tempos, e até hoje, muitos têm edificado "suas moradas" sobre a areia, que não resistem aos ventos e às águas, ou seja, não resistem às mudanças, às tribulações que todos estamos sujeitos, devidas aos nossos atos anteriores, e, cujo objetivo das provas é fortalecer-nos, é testar-nos, aferindo-nos, para que nos tornemos aptos para habitar o chamado paraíso.
Que no ano que se inicia, possamos manter nosso propósito de construção de um mundo melhor, fazendo-nos melhores trabalhadores. Que sejamos mais diligentes com a parte que nos compete nesta obra, trabalhando todos os dias, dedicando-nos e empregando os melhores materiais que a comporão. 
Como se faz nas obras materiais, temos que ter esmero nas obras espirituais, pois, é nosso Espírito que está sendo lapidado, que está sendo embelezado, para poder fazer parte de um mundo mais elevado, mais equilibrado e belo.
Se assim fizermos, em breve teremos uma casa melhor, um mundo melhor e uma vida verdadeiramente feliz.  
Que saibamos aproveitar este novo tempo que o Criador nos concede para edificarmos o bem todos os dias, trabalhando pelo nosso e pelo aprimoramento dos que dependem de alguma forma de nós. 
E o que Deus espera de nós? Ele espera que façamos todo o bem que esteja ao nosso alcance, olhando para os lados, procurando atender aos inúmeros necessitados de tantas coisas, principalmente de uma palavra, de um sorriso, de uma orientação, de uma atenção.    
Quando o dia tem 24 horas, o que são 5 ou 10 minutos do nosso tempo para darmos a alguém que está carente ou está doente? É isso que Deus espera de nós e é isso que nos elevará ao Paraíso, ou seja, à paz interior em qualquer lugar do Universo.
Façamos algo por nós no novo ano que está chegando, pensando primeiro no outro, dando-lhe uma migalha do nosso tempo.
Luiz Alberto Cunha   www.radiomundoespirita.com

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

                           MAIS UM NATAL
O Messias esperado pelos judeus já veio há mais de dois mil anos. O aniversário Dele é agora, no chamado Natal, uma data convencionada para homenageá-Lo. Parece que os homens O esqueceram ou ainda não O encontraram, pois colocaram um senhor idoso no Seu lugar na fantasiosa função de entregar presentes comprados à custa de sacrifícios desnecessários. Interessante que o aniversariante nunca incentivou o consumismo e o apego aos bens materiais, muito pelo contrário. Os próprios homens se encarregaram de criar cerimônias e rituais, ceias especiais, trocas de presentes, enfeites, etc., num flagrante distanciamento do que ensinou o Mestre nazareno, ou seja, caridade e amor.
Observamos que uma Rede de TV tem convidado milhões de telespectadores a enviarem mimos para sua árvore de natal, mas não é capaz de pedir alimentos para os famintos, roupas ou algo útil para os necessitados. Estão há semanas tratando da decoração de uma árvore, que logo será desmontada e tudo o que ela contém não será útil para ninguém. Mas o mais triste é que não disseram uma palavra sequer sobre Jesus, o único motivador do Natal. Nada falaram sobre o Seu nascimento, sobre a sua vida exemplar e, principalmente, o que Ele ensinou. Para a Rede de TV e para milhões de pessoas neste pedaço do mundo chamado de Cristão, lamentavelmente, tudo gira em torno de enfeites, comidas especiais, compras e o bondoso velhinho que não representa Jesus, mas foi colocado no Seu lugar para iludir as crianças durante um certo tempo, até que se deem conta que tudo não passa de fantasia.
E Jesus não entra em sua própria festa, pois, não tem fantasia. Sua vinda à Terra reveste-se de grande importância para todos nós. Ele não fez nada de conta. Ele não iludiu ninguém nem pediu bens materiais para que nos aproximássemos Dele. Foi simples e humilde desde a manjedoura até o último dia. 
Deixou-nos um legado de altíssimo valor. Até hoje ainda não conseguimos avaliá-lo. Até hoje ainda não abrimos o tesouro que Jesus nos legou. Ainda não tomamos posse de tão valiosa propriedade. Por quê?

Deve ser porque preferimos as coisas do mundo. Damos muito valor às aparências e aos bens que possam comprá-las para podermos nos exibir perante os outros.
E as crianças são as maiores vítimas dessa fantasia. Crescem e são incentivadas a manter uma tradição que não tem nada a ver com o Salvador, o Espírito mais avançado que já esteve aqui na Terra. Pelo que sabemos, ninguém conta a história de Jesus para as crianças, que, nesta época, são incentivadas a sentar no colo do tal  senhor de barbas brancas para tirar fotografias e que, mentirosamente, lhes trará presentes se alguém, logicamente, os comprar nas lojas. A maioria das pessoas se afundam em crediários sem fim em função de se encherem de coisas, mas ninguém lembra do Divino Aniversariante, de dar-lhe o presente que Ele tanto espera de nós. E o que Ele espera de nós? 
Ele espera de nós que abramos os nossos corações para todos os que sofrem, buscando confortar e amparar muitas pessoas que sofrem pela falta de atenção, pelo abandono dos parentes nos asilos, nos hospitais, nos orfanatos. Quantos desvalidos do mundo perambulam pelas ruas sem nenhuma chance de viverem como nós vivemos, sem alimentos, sem um agasalho ou sem um teto que os abrigue. Quantas crianças crescem sem educação, sem orientação? Nós tudo isso temos e muito mais, sem ter a noção que tudo é empréstimo de Deus e que nada nos pertence. Usufruimos egoisticamente  tudo o que está à nossa disposição, nunca lembrando de ajudar alguém para superar suas dificuldades. Nunca pensamos em manter uma criança na escola, ajudando-a a ter um bom material escolar ou,  a manter um jovem na universidade. Pensamos que somos donos de bens e valores e achamos ótimo ter tantas coisas. Só não pensamos que nada disso nos acompanhará em nossa viagem de retorno à Pátria Espiritual. Lá só entrarão os bens que distribuímos, isto é, o que fizemos em prol das pessoas. 
Interessante é que uma grande parte das pessoas age mecanicamente todos os anos, em todos os Natais. Montam pinheirinhos, enchendo-os de mimos, enfeitam suas casas, suas ruas, preocupam-se em comprar presentes para familiares e amigos, estipulam valores para os tais "amigos secretos", seguem orientações para preparar a famosa "ceia de natal", com inúmeras iguarias e bebidas, tudo isso não tendo nada a ver com o verdadeiro Natal, ou seja, o aniversário de Jesus. E o aniversariante não ganha nada. E todo o ano é a mesma coisa. Estão longe de comemorar o verdadeiro Natal.
Lógico que algumas pessoas já meditam sobre o maior evento da Cristandade. Fogem de tudo o que é exagero e tradições sem sentido, até mesmo irracionais. Algumas procuram levar alguns brinquedos para crianças pobres e alimentos para os moradores de rua. São os primeiros passos para buscarem o verdadeiro sentido do Natal. Outros, já evitam o consumismo nesta época, adotando uma postura sóbria, procurando lembrar os ensinos do Cristo e a sua importância para a Humanidade. Trabalham o ano inteiro em prol dos necessitados, isto é, participam de atividades caritativas, distribuindo alimentos e agasalhos no inverno, visitando doentes, idosos e crianças abandonadas, atendendo a inúmeras solicitações de pessoas que perderam tudo em incêndios e inundações, desempregados, etc. Para estes, o Natal é o ano todo, uma vez que já entenderam o seu significado. Na verdade, trabalham para instalar na Terra o Reino de Deus, promovendo nosso planeta para a Era da Regeneração, onde poderemos viver melhor, onde todos serão atendidos em suas necessidades básicas e onde os bons predominarão. 
Que o Senhor permita que despertemos neste Natal, com muitos abraços e reconciliações, muito amor por toda a Humanidade. Assim, comemoraremos, efetivamente, o verdadeiro Natal, que partiu da simplicidade da manjedoura, em Belém, e vai transformando o mundo em direção ao Reino de Deus.  Luiz Alberto Cunha  
Ouça as maravilhosas músicas Espíritas, mensagens e audiobooks de Allan Kardec, na Rádio Mundo Espírita, 24 horas transmitindo a Doutrina Espírita para o Mundo.
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