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terça-feira, 16 de abril de 2013

“O Livro dos Espíritos”, um livro de 156 anos



Neste mês de abril de 2013 estamos a comemorar os 156 anos do lançamento, em Paris, de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, inaugurando no mundo a Era Espírita ou Era do Espírito. Nele se cumpria a promessa evangélica do Consolador, do Paracleto ou Espírito da Verdade. Sua primeira edição data de 18 de abril de 1857. 
A radiomundoespirita.com , num grande esforço de divulgação do Consolador
 prometido por Jesus , distribui "O Livro dos Espíritos", gratuitamente,  para 
todos aqueles que querem conhecer a Doutrina dos Espíritos Superiores, 
bastando somente solicitar pelos meios de contato deste site.


Segundo o Professor J. Herculano Pires,  “O Livro dos Espíritos” é o código de uma nova fase da evolução humana. E é exatamente essa a sua posição na história do pensamento. Este não é um livro comum, que se pode ler de um dia para o outro e depois esquecer num canto da estante. Nosso dever é estudá-lo e meditá-lo, lendo-o e relendo-o constantemente. Sobre este livro se ergue todo um edifício: o da Doutrina Espírita. Ele é a pedra fundamental do Espiritismo, o seu marco inicial. O Espiritismo surgiu com ele e com ele se propagou. Com ele se impôs e consolidou no mundo. Antes deste livro não havia Espiritismo, e nem mesmo esta palavra existia. Falava-se em Espiritualismo e Neo-espiritualismo, de maneira geral, vaga e nebulosa. Os fatos Espíritas, que sempre existiram, eram interpretados das mais diversas maneiras. Mas, depois que Kardec o lançou à publicidade, contendo os princípios da Doutrina Espírita, uma nova luz brilhou nos horizontes mentais do mundo.

Há uma sequência histórica que não podemos esquecer, ao tomarmos este livro nas mãos. Quando o mundo se preparava para sair do caos das civilizações primitivas, apareceu Moisés, como condutor de um povo destinado a traçar as linhas de um novo mundo. Ele não escreveu a Bíblia, mas foi ele o motivo central dessa primeira codificação do novo ciclo de revelações: o cristão. Mais tarde, quando a influência bíblica já havia modelado um povo, e quando esse povo já se dispersava por todo o mundo gentio, espalhando a nova lei, aparece Jesus; e das suas palavras, recolhidas pelos discípulos, surgiu o Evangelho.

A Bíblia é a codificação da Primeira Revelação Cristã, o código hebraico em que se fundiram os princípios sagrados e as grandes lendas religiosas dos povos antigos – a grande síntese dos esforços da antiguidade em direção ao espírito. Não é de se admirar que se apresente, muitas vezes, assustadora e contraditória para o homem moderno.

O Evangelho é a codificação da Segunda Revelação Cristã, a que brilha no centro da tríade dessas revelações, tendo na figura do Cristo o sol que ilumina as duas outras, que lança a sua luz sobre o passado e o futuro, estabelecendo entre ambos a conexão necessária.

Mas, assim como na Bíblia, já se anunciava o Evangelho, também aparecia a predição de um novo código, o do Espírito da Verdade, como se vê em João, XIV. E o novo código surgiu pelas mãos de Allan Kardec, sob a orientação do Espírito da Verdade, no momento exato em que o mundo se preparava para entrar numa fase superior de desenvolvimento.

Hegel, em suas lições de estética, mostra-nos as criações monstruosas da arte oriental, figuras gigantescas, de duas cabeças e muitos braços e pernas, e outras formas diversas, como a primeira tentativa do Belo para dominar a matéria e conseguir exprimir-se através dela. A matéria grosseira resiste à força do ideal, desfigurando-o nas suas interpretações. Mas, acaba sendo dominada, e, então, aparecem no mundo as formas equilibradas e harmoniosas da arte clássica. Atingido, porém, o máximo de equilíbrio possível, o Belo mesmo rompe esse equilíbrio, nas formas românticas modernas da arte, procurando superar o seu instrumento material, para melhor e mais livremente se exprimir. Essa grandiosa teoria hegeliana é perfeitamente aplicável ao processo das revelações cristãs: das formas incongruentes e aterradoras da Bíblia, passamos ao equilíbrio clássico do Evangelho, e deste à libertação espiritual de “O Livro dos Espíritos”.

Cada fase da evolução humana se encerra com uma síntese conceptual de todas as suas realizações. A Bíblia é a síntese da antiguidade, como o Evangelho é a síntese do mundo greco-romano-judaico, e O Livro dos Espíritos a do mundo moderno. Mas cada síntese não traz em si tão somente os resultados da evolução realizada, porque encerra também os germens do futuro. E na síntese evangélica temos de considerar, sobretudo, a presença do Messias, como uma intervenção direta do Alto para a reorientação do pensamento terreno. É graças a essa intervenção que os princípios evangélicos passam diretamente, sem necessidade de readaptações ou modificações, em sua pureza primitiva, para as páginas deste livro, como as vigas mestras da edificação da Nova Era.

O Livro dos Espíritos não é, porém, apenas a pedra fundamental ou o marco inicial da nova codificação. Porque é o seu próprio delineamento, o seu núcleo central e ao mesmo tempo o arcabouço geral da Doutrina. Examinando-o, em relação às demais obras de Kardec, que completam a codificação, verificamos que todas essas obras partem do seu conteúdo.

O Livro dos Espíritos contém, como declarou Allan Kardec, "Os princípios da Doutrina Espírita", sendo, portanto, o seu tratado filosófico. Mesmo que não tenha sido elaborado em linguagem técnica e não observe os rigores da minuciosa exposição filosófica, é todo um complexo e amplo sistema de filosofia que nele se expõe.

A natureza religiosa do Livro dos Espíritos ressalta desde as suas primeiras páginas. Kardec o inicia pela definição de Deus. Mas, o Deus Espírita não é antropomórfico. A definição Espírita é incisiva: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”.

Enganam-se aqueles que confundem a Inteligência Infinita com o homem finito, e a Religião Espírita com os formalismos religiosos.

Kardec emprega a linguagem que podemos empregar para tratar de Deus. Não O humaniza. Apenas O coloca ao alcance da compreensão humana. Kardec pergunta aos Espíritos Superiores  se existem dois elementos gerais, o Espírito e a matéria, e os Espíritos respondem:

“Sim e acima de tudo Deus, o Criador, o Pai de todas as coisas. Deus, Espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade Universal.”

Tudo avança para Deus, do átomo ao arcanjo.


Ensina o Professor Raul Teixeira que O Livro dos Espíritos é chamado assim porque ele é um trabalho fundamentalmente dos Espíritos, sim, das almas que viveram na Terra, ou não. De seres que, em determinado momento da História da sociedade humana, entenderam que precisava a Humanidade receber instruções para continuar seus passos adiante.

E, foi por isso que surgiu em Paris, no ano 1857, O Livro dos Espíritos, seu autor ou seus autores.

Allan Kardec era o pseudônimo do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, notabilíssimo mestre-escola em Paris, laureado pela Academia de Arras, uma cidade ao norte de Paris, numa época em que essa premiação correspondia, praticamente a um Prêmio Nobel, por seus trabalhos realizados,  na área da educação.

E o professor Rivail adotou o pseudônimo de Allan Kardec.

“O Livro dos Espíritos” nos traz verdadeiras maravilhas. Mas, lamentavelmente, no bojo da nossa sociedade contemporânea, em virtude de muitos malefícios que religiões institucionalizadas criaram na mente humana, malefícios que representam preconceitos, medos, pavores quando, ao invés de louvarem a Deus, ensinaram as pessoas a temer Satanás, O Livro dos Espíritos muitas vezes é malvisto. Há pessoas que têm verdadeiro horror do nome espíritos.

Mas, quando lemos a Bíblia, logo no seu primeiro versículo, lemos que: O Espírito de Deus flutuava sobre a face do abismo.    

Logo, o termo espírito não deveria oferecer amedrontamento às pessoas. Por causa disso, muita gente se impede de ler O Livro dos Espíritos. Como se ao tocá-lo, ao lê-lo, ao se situar em torno de suas páginas, fossem ficar marcadas, assinaladas por alguma negatividade. E perdem um excelente ensejo de desfazer muita ignorância em torno das questões espirituais, de encontrar roteiro para muitas de suas dúvidas e de ser feliz.

O Livro dos Espíritos é um dos trabalhos mais eloquentes, no mundo do Espiritualismo. Allan Kardec o abre, intitulando-o de Filosofia Espiritualista, no seu geral, porque atende a todas as questões do Espiritualismo Universal e no seu particular é a Doutrina Espírita.

Espírita que deu Espiritismo, exatamente porque é a doutrina, o ismo dos Espíritos. Como temos o materialismo, que é a doutrina, ismo, da matéria. Como temos o Budismo, é a doutrina, ismo, do Buda. Então, temos o Espiritismo querendo dizer que todo esse contexto e os textos de O Livro dos Espíritos vieram fundamentalmente do trabalho dos Imortais. Quem são esses Imortais?

Vultos da História passada, recente,  da Humanidade. Vultos que deram nome a muitos santos, que vibram nos altares da crença romana. Vultos que participaram das lutas da Europa, da filosofia e pessoas desconhecidas da grande massa humana.

Todos esses seres, vinculados profundamente à proposta que Jesus Cristo veio trazer a Terra. Fundamentalmente, O Livro dos Espíritos vem trazer-nos respostas a múltiplas questões relativas à: 

Quem somos? De onde viemos? O que nos cabe realizar aqui na Terra e para onde iremos?

O gênio pedagógico do professor Rivail, do nosso Allan Kardec, permitiu que ele dividisse, distribuísse esses temas em quatro partes.

O primeiro deles: Das causas primárias. Nessas causas primárias, O Livro dos Espíritos aborda a gênese, as origens, desde Deus ao bem, ao mal, à matéria, seu surgimento, sua realidade ou não sobre o mundo.

A segunda parte de O Livro dos Espíritos é Do mundo espírita ou dos Espíritos, que nós chamamos comodamente de mundo espiritual.

Ali, Allan Kardec estudará todas as nossas relações com os seres espirituais, com os chamados mortos, ao mesmo tempo que a maneira ou as formas como os mortos se relacionam conosco.

Encontraremos na terceira parte de O Livro dos Espíritos, Das Leis Morais, em dez Leis, começando pela Lei de adoração: relação do homem com o seu Criador, até a Lei de amor, justiça e caridade, perpassando por Lei de liberdade, Lei do progresso, Lei de destruição, Lei de sociedade e outras várias,  a fim de permitir que tenhamos uma elucidação sobre as coisas mais representativas da nossa vida na Terra.

E a quarta e última parte de O Livro dos Espíritos trata das consequências dos nossos atos, enquanto estamos na Terra. Trata de falar, de enfocar, como é que a Divindade analisa e reage diante de tudo que nós fazemos: Das esperanças e consolações é o título da quarta parte de O Livro dos Espíritos.

É importantíssimo pensar que essa obra, com seus esclarecimentos, com suas elucidações, vem atravessando os períodos mais densos da Humanidade, nesses cento e cinquenta e quatro anos.

Não podemos esquecer que O Livro dos Espíritos nasce em 1857, século XIX. O século XIX foi chamado século das luzes, o século em que muitos ícones foram derrubados e outros pensamentos notáveis se ergueram.

O século XIX permitiu-nos conhecer saídas da filosofia natural, várias ciências, como a física, como a química, que saiu da alquimia, como a astronomia, que saiu da astrologia empírica e várias outras ciências que se conformaram no bojo do século XIX.

Audaciosamente, o Espiritismo nasce nesse século que estava demolindo  pensamentos, construindo outros. Percebemos que o Espiritismo tem o aval da Ciência e do pensamento do século XIX. O Espiritismo tem o aval dos pensamentos filosóficos de então.

Por isso vem resistindo até hoje, apesar daqueles que têm medo de tocá-lo, supondo que ao tocarmos O Livro dos Espíritos, teremos que nos tornar Espíritas, quando ninguém que toque um livro de matemática se torna matemático, ninguém que leia um livro de História se torna historiador, obrigatoriamente.

Mas, com toda certeza, ao estudarmos ou lermos O Livro dos Espíritos, cento e cinquenta e seis anos depois da sua publicação, diminuiremos fundamentalmente a nossa ignorância relativamente aos Seres Espirituais, que somos nós e à nossa realidade no mundo.  


segunda-feira, 15 de abril de 2013


Não Saiba a Vossa Mão Esquerda o que Dê a Vossa Mão Direita
Cap. XIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec

Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens, para serem vistas, pois, do contrário, não recebereis recompensa de vosso Pai que está nos céus. Assim, quando derdes esmola, não trombeteeis como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita, a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. (Mateus, 6:1-4)
Todos os ensinos de Jesus objetivam abrir nossas mentes para a realidade espiritual. Somos Espíritos vinculados a este planeta para a grande tarefa de evolução. Nascemos na Terra periodicamente e temos inúmeras oportunidades para aprender e para sermos auferidos, ou testados. Assim, é necessário que tenhamos consciência de que, nós e tudo o que detemos, são empréstimos concedidos pelo Criador para uma vida produtiva, bem como para uma vida solidária, amparando aqueles que, por razões que desconhecemos, passam por experiências bem mais duras do que as nossas, necessitam do próximo que está mais próximo. Neste capítulo do Evangelho, Kardec mostra-nos que existe a caridade material e a caridade moral, esclarecendo que ambas são importantes, diante das contingências, mas que qualquer um, pobre ou rico, pode dar algo de seu, imaterial, como respeito, carinho, atenção, sorriso, para alguém. No caso da Viúva Pobre, o Cristo dá um exemplo de que, para Deus, o que vale mais é o que é dado com o coração e até com sacrifício, e não as quantidades dadas sem sentimento, apenas para mostrar aos outros que se é dadivoso, vivendo de aparências, como costumamos fazer, sem realmente o sermos.
Ensina Allan Kardec que “em fazer o bem sem ostentação há grande mérito, ainda mais meritório é ocultar a mão que dá; constitui marca incontestável de grande superioridade moral, porquanto, para encarar as coisas de mais alto do que faz o vulgo, mister se torna abstrair da vida presente e identificar-se  com a vida futura; numa palavra, colocar-se acima da Humanidade, para renunciar à satisfação que advém do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que prefere ao de Deus o sufrágio dos homens prova que mais fé deposita nestes do que na Divindade e que mais valor dá à vida presente do que à futura. Se diz o contrário, procede como se não cresse no que diz. A beneficência praticada sem ostentação tem duplo mérito. Além de ser caridade material, é caridade moral, visto que resguarda a suscetibilidade do beneficiado, faz-lhe aceitar o benefício, sem que seu amor-próprio se ressinta e salvaguardando-lhe  a dignidade de homem, porquanto aceitar um serviço é coisa bem diversa de receber uma esmola. Ora, converter em esmola o serviço, pela maneira de prestá-lo, é humilhar o que o recebe, e, em humilhar a outrem, há sempre orgulho e maldade. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e engenhosa no dissimular o benefício, no evitar até as simples aparências capazes de melindrar, dado que todo atrito moral aumenta o sofrimento  que se origina da necessidade. Ela sabe encontrar palavras brandas e afáveis que colocam o beneficiado à vontade em presença do benfeitor, ao passo que a caridade orgulhosa o esmaga. A verdadeira generosidade adquire toda a sublimidade, quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de figurar como beneficiado diante daquele a quem presta serviço”.
O Espírito Públio, diz: “- Se ficar rico, construirei uma creche. Como sempre jogo e nunca ganho, a criança sem amparo é culpa de Deus que não me ajuda. Se conseguir o tal trabalho, prometo que ajudarei os velhos asilados. Acho que Deus não gosta de velho, pois não me ajuda a conseguir o emprego. Se Deus me ajudar na promoção, passando os outros para trás, prometo que vou usar todo o meu primeiro salário para comprar comida para os pobres. E enquanto os que se julgam bons ficam esperando ganhos especiais para que se proponha exercitar a própria bondade, as crianças sem amparo, os velhos sem ajuda e os estômagos vazios continuam multiplicados sobre o mundo. Quantos se perdem nos meandros de seus interesses egoísticos, tentando obter o patrocínio Divino para suas ambições, acenando com mentirosas promessas, falsas proposições ou indigno anseio de concretizar o amparo aos que sofrem somente depois que se sentirem amparados pelo Pai. Em verdade, o problema do mundo não é a fome, o abandono do velho ou da criança. Tudo isso é efeito de uma única causa. Tudo isso existe porque o egoísmo impera. Assim, na visão da Verdade, o que é imprescindível e necessário combater não é nem a falta de alimento, nem a carência de vagas para idosos, ou a ausência de creches e escolas para crianças. O combate principal é aquele que se deve travar contra o egoísmo, a chaga maior da Humanidade. Naturalmente que, para os famintos, anciãos ou infantes, o pedaço de pão, a cama macia ou o braço que acalente são importantes no remediar aquilo que é fruto direto e imediato do egoísmo. No entanto, quando o egoísmo estiver erradicado do mundo, não teremos filhos indiferentes que isolam os pais em asilos para se livrarem de suas responsabilidades, nem crianças nas ruas por falta de escola ou abrigo que as eduque, nem pessoas que não possuam o mínimo para sobreviver, quando outros poucos guardam com tanta avareza aquilo que poderia acabar com a fome de milhares de pessoas. Desejar ter primeiro para depois doar, ganhar para ajudar, conquistar para servir, é exercitar o egoísmo com a desculpa de matá-lo depois. Como seria possível ao egoísta lutar contra o egoísmo se ele não consegue livrar-se dele até para fazer o pouco Bem que se propõe realizar? Por este motivo, perante a Justiça do Universo, o problema maior não é o das creches, dos restaurantes populares, dos abrigos para idosos, é o da ausência da fraternidade produzida pelo egoísmo de cada pessoa”.
Para o Espírito Públio“ a caridade real é aquela que envolve a entrega pessoal, seja através de coisas, bens, recursos, sentimentos, atos, pensamentos, palavras. Em sua fundação, portanto, não está o desapossamento material indispensável, mas o desapossamento pessoal, através do qual o ser humano se desapega não apenas do que pensa lhe pertencer materialmente, mas, sim, daquilo que efetivamente, lhe pertence como atributo do Espírito. Através da prática da beneficência, naturalmente que livre de todo o interesse pessoal, por menor que seja, o Homem se reconhece divino por excelência e passa a se alimentar das fontes nutritivas superiores, reajustando o campo íntimo e reequilibrando os desajustes biomagnéticos e perispirituais, o que significa tornar-se antes, o primeiro médico de si próprio, no afã de preocupar-se em curar os que sofrem mais do que ele mesmo. (Relembrando a Verdade-Espírito Públio e André L. Ruiz, médium)