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quarta-feira, 16 de setembro de 2015


                 Kardec e os espíritas dissidentes

Na viagem que Allan Kardec fez pela França, em 1861, entre outras coisas que ouviu, foi a crítica de não lutar para trazer de volta pessoas que se afastavam dele, do Espiritismo.
Ele admite em público: "- Jamais dei um único passo nesse sentido e aqui estão os motivos de minha indiferença". Uma lista implacável, especialmente para alguém que rejeitava o uso do adjetivo "imperdoável": os que se aproximavam dele o faziam por conveniência, atraídos pelos princípios da doutrina, e não por sua companhia; os que se afastavam dele também o faziam por conveniência, pela descoberta da falta de afinidades em determinadas questões.
"Por que então eu iria contrariá-los, impondo-me a eles? Parece-me mais conveniente deixá-los em paz".
"Para um que parte, há mil que chegam. Julgo um dever dedicar-me, acima de tudo, a estes, e é isso que faço".
Orgulho? Desprezo pelo próximo? Kardec lançou as perguntas e deu a resposta: - "Não, honestamente não. Não desprezo ninguém. Lamento os que agem mal e isso é tudo".
"Coloco em primeira instância oferecer o consolo aos que sofrem, erguer a coragem aos decaídos, arrancar um homem de suas paixões, do desespero, do suicídio, detê-lo talvez no limiar do crime! Não vale mais isto do que os lambris doirados?"
"Guardo milhares de cartas que, para mim, mais valem do que todas as honrarias da Terra e que olho como verdadeiros títulos de nobreza. Assim, pois, não vos espantei se deixo partir aqueles que viram as costas".

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