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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

                           MAIS UM NATAL
O Messias esperado pelos judeus já veio há mais de dois mil anos. O aniversário Dele é agora, no chamado Natal, uma data convencionada para homenageá-Lo. Parece que os homens O esqueceram ou ainda não O encontraram, pois colocaram um senhor idoso no Seu lugar na fantasiosa função de entregar presentes comprados à custa de sacrifícios desnecessários. Interessante que o aniversariante nunca incentivou o consumismo e o apego aos bens materiais, muito pelo contrário. Os próprios homens se encarregaram de criar cerimônias e rituais, ceias especiais, trocas de presentes, enfeites, etc., num flagrante distanciamento do que ensinou o Mestre nazareno, ou seja, caridade e amor.
Observamos que uma Rede de TV tem convidado milhões de telespectadores a enviarem mimos para sua árvore de natal, mas não é capaz de pedir alimentos para os famintos, roupas ou algo útil para os necessitados. Estão há semanas tratando da decoração de uma árvore, que logo será desmontada e tudo o que ela contém não será útil para ninguém. Mas o mais triste é que não disseram uma palavra sequer sobre Jesus, o único motivador do Natal. Nada falaram sobre o Seu nascimento, sobre a sua vida exemplar e, principalmente, o que Ele ensinou. Para a Rede de TV e para milhões de pessoas neste pedaço do mundo chamado de Cristão, lamentavelmente, tudo gira em torno de enfeites, comidas especiais, compras e o bondoso velhinho que não representa Jesus, mas foi colocado no Seu lugar para iludir as crianças durante um certo tempo, até que se deem conta que tudo não passa de fantasia.
E Jesus não entra em sua própria festa, pois, não tem fantasia. Sua vinda à Terra reveste-se de grande importância para todos nós. Ele não fez nada de conta. Ele não iludiu ninguém nem pediu bens materiais para que nos aproximássemos Dele. Foi simples e humilde desde a manjedoura até o último dia. 
Deixou-nos um legado de altíssimo valor. Até hoje ainda não conseguimos avaliá-lo. Até hoje ainda não abrimos o tesouro que Jesus nos legou. Ainda não tomamos posse de tão valiosa propriedade. Por quê?

Deve ser porque preferimos as coisas do mundo. Damos muito valor às aparências e aos bens que possam comprá-las para podermos nos exibir perante os outros.
E as crianças são as maiores vítimas dessa fantasia. Crescem e são incentivadas a manter uma tradição que não tem nada a ver com o Salvador, o Espírito mais avançado que já esteve aqui na Terra. Pelo que sabemos, ninguém conta a história de Jesus para as crianças, que, nesta época, são incentivadas a sentar no colo do tal  senhor de barbas brancas para tirar fotografias e que, mentirosamente, lhes trará presentes se alguém, logicamente, os comprar nas lojas. A maioria das pessoas se afundam em crediários sem fim em função de se encherem de coisas, mas ninguém lembra do Divino Aniversariante, de dar-lhe o presente que Ele tanto espera de nós. E o que Ele espera de nós? 
Ele espera de nós que abramos os nossos corações para todos os que sofrem, buscando confortar e amparar muitas pessoas que sofrem pela falta de atenção, pelo abandono dos parentes nos asilos, nos hospitais, nos orfanatos. Quantos desvalidos do mundo perambulam pelas ruas sem nenhuma chance de viverem como nós vivemos, sem alimentos, sem um agasalho ou sem um teto que os abrigue. Quantas crianças crescem sem educação, sem orientação? Nós tudo isso temos e muito mais, sem ter a noção que tudo é empréstimo de Deus e que nada nos pertence. Usufruimos egoisticamente  tudo o que está à nossa disposição, nunca lembrando de ajudar alguém para superar suas dificuldades. Nunca pensamos em manter uma criança na escola, ajudando-a a ter um bom material escolar ou,  a manter um jovem na universidade. Pensamos que somos donos de bens e valores e achamos ótimo ter tantas coisas. Só não pensamos que nada disso nos acompanhará em nossa viagem de retorno à Pátria Espiritual. Lá só entrarão os bens que distribuímos, isto é, o que fizemos em prol das pessoas. 
Interessante é que uma grande parte das pessoas age mecanicamente todos os anos, em todos os Natais. Montam pinheirinhos, enchendo-os de mimos, enfeitam suas casas, suas ruas, preocupam-se em comprar presentes para familiares e amigos, estipulam valores para os tais "amigos secretos", seguem orientações para preparar a famosa "ceia de natal", com inúmeras iguarias e bebidas, tudo isso não tendo nada a ver com o verdadeiro Natal, ou seja, o aniversário de Jesus. E o aniversariante não ganha nada. E todo o ano é a mesma coisa. Estão longe de comemorar o verdadeiro Natal.
Lógico que algumas pessoas já meditam sobre o maior evento da Cristandade. Fogem de tudo o que é exagero e tradições sem sentido, até mesmo irracionais. Algumas procuram levar alguns brinquedos para crianças pobres e alimentos para os moradores de rua. São os primeiros passos para buscarem o verdadeiro sentido do Natal. Outros, já evitam o consumismo nesta época, adotando uma postura sóbria, procurando lembrar os ensinos do Cristo e a sua importância para a Humanidade. Trabalham o ano inteiro em prol dos necessitados, isto é, participam de atividades caritativas, distribuindo alimentos e agasalhos no inverno, visitando doentes, idosos e crianças abandonadas, atendendo a inúmeras solicitações de pessoas que perderam tudo em incêndios e inundações, desempregados, etc. Para estes, o Natal é o ano todo, uma vez que já entenderam o seu significado. Na verdade, trabalham para instalar na Terra o Reino de Deus, promovendo nosso planeta para a Era da Regeneração, onde poderemos viver melhor, onde todos serão atendidos em suas necessidades básicas e onde os bons predominarão. 
Que o Senhor permita que despertemos neste Natal, com muitos abraços e reconciliações, muito amor por toda a Humanidade. Assim, comemoraremos, efetivamente, o verdadeiro Natal, que partiu da simplicidade da manjedoura, em Belém, e vai transformando o mundo em direção ao Reino de Deus.  Luiz Alberto Cunha  
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