Páginas

sexta-feira, 3 de agosto de 2012


Este é o momento da Divulgação do Espiritismo

Assistimos, nestes últimos tempos, a terríveis eventos, próximos e distantes, que nos deixam estarrecidos. Tragédias e catástrofes pululam em todo o mundo. Quem assiste na TV aos noticiários sensacionalistas, fica chocado e,  por falta de conhecimento das causas que lhes deram origem, assim como do que ocorre com as vítimas após esta vida, pensa que estamos entregues simplesmente a tais fatos, fortuitamente, como se fosse o fim de tudo, concluindo que a morte física é a maior desgraça do mundo.

As reportagens, em geral, gostam muito de mostrar imagens de corpos sendo recolhidos, de aparatos fúnebres, de parentes e amigos chorando, dando depoimentos afirmando que não sabem como será a vida a partir daquele momento sem aquele ou aqueles que partiram. Bradam por justiça, querem ver o causador da tragédia atrás das grades, apodrecendo na prisão, a demonstrar sórdida vingança.

Certos apresentadores de TV, influenciados por religiosos ultrapassados que não cessam de negociar Deus em todas as mídias, só fazem condenar aos “quintos dos infernos” os autores de tais crimes, chamados hediondos, todos desconhecendo as causas que deram ensejo, bem como as consequências  que advirão para todos os envolvidos em tais dramas. Sim, porque desconhecendo as leis divinas que regem os seres, falta-lhes a noção fundamental de que Deus é amor e, portanto, ninguém apodrece no tal “inferno”.

No que tange à violência, tanto doméstica como urbana, perguntam-se as pessoas, de que maneira o ser humano destrói outro ser humano por motivos que nunca, em geral, justificam tal atitude, gerando muita tristeza nas famílias.

Em vão, psicólogos e psiquiatras, que se mantêm limitados aos conhecimentos acadêmicos, conseguem auxiliar as pessoas diretamente atingidas, dando-lhes consolo e uma visão mais ampla de tudo o que ocorre, neste e no outro mundo. Ainda não se inteiraram da  valiosa contribuição da Doutrina Espírita no entendimento de causas que, em muitos casos, estão em existências anteriores.

O mais patético também acontece.  Assiste-se, também, a protestos de pessoas contra tal tipo de violência, como se estivesse no controle das autoridades policiais evitar crimes passionais ou tragédias deste tipo. Como os entes estatais conseguiriam coibir  os crimes perpetrados na privacidade das famílias? Mas, a multidão desvairada não raciocina. Não sabe como viver em paz.

Há mais de dois mil anos temos a melhor proteção contra a violência, isto é, contra a nossa própria violência. Houve a maior de todas as revoluções da história terrestre, o mundo foi dividido, inúmeros mártires padeceram enfrentando a mentalidade destrutiva de homens violentos, até que alguns chegassem a perceber que o aniquilamento dos corpos não atingiam o âmago do ser.

Demoramos para compreender e assimilar que somos filhos do Amor, que temos parte da Divindade dentro de nós e que devemos trabalhar para lapidar este diamante dentro de nós. E o Grande Amigo ofereceu-nos apoio, pedindo-nos para seguí-lo, dizendo que o seu fardo era leve e o seu jugo suave. São dois milênios de sofrimentos desnecessários. Como Ele mesmo já comentou, em obra do Espírito Humberto de Campos, preferimos sempre o pior. Tudo se funda na ignorância das Leis Divinas, pela grande maioria desrespeitadas em suas precipitações. Em conversa com os discípulos, Jesus comenta: Não se divide a herança de um pai em partes iguais? As criaturas transviadas são as que não souberam entrar na posse de seu quinhão divino, permutando-o pela satisfação de seus caprichos no desregramento ou no abuso, na egolatria ou no crime, pagando alto preço pelas suas decisões voluntárias. A Terra pode ser tida como um grande hospital, onde o pecado é a doença de todos; o Evangelho, no entanto, traz ao homem enfermo o remédio eficaz, para que todas as estradas se transformem em suave caminho da redenção.(Boa Nova-HCampos)

 Por que preferimos coisas e mais coisas deste mundo? Sentimos enorme prazer em possuir qualquer coisa, extrapolando para a posse do companheiro ou da companheira.

Até hoje, enorme percentual da Humanidade não consegue assimilar que o mundo das formas é temporário, não permanece, altera-se constantemente. Mas, o Mensageiro Divino já havia alertado para os verdadeiros tesouros que deveriam ser cultivados, para que não nos iludíssemos com as coisas da Terra. O Sábio Nazareno dava tais conselhos porque sabia que, devido ao nosso nível evolutivo, fatalmente ficaríamos obsecados por bens, por dinheiros, por sexo, por poder, bem como por qualquer destaque, haja vista que nossa pequena visão do Universo, faz-nos egoístas, a demonstrar nossas ligações com o passado irracional.

Assim, diante de fatos chocantes que chegam ao nosso conhecimento, diariamente, envolvendo pessoas próximas e distantes, e, muitas vezes, de nossas relações, o que o Espiritismo tem para oferecer a todos nós, primeiro para evitá-los e, segundo, para consolar os que são atingidos?

Primeiramente, a Doutrina Espírita tem resposta para todos os problemas que afligem as pessoas que estão em busca de um sentido para a vida. O conhecimento Espírita abre-nos uma visão ampla e racional da existência, explicando-a convincentemente e orientando-nos para a imprescindível mudança interior. Como ensinou Kardec, conhecendo-se a si mesmo e tendo certeza de ser imortal, o homem trabalha, ama, espera, perdoa e resigna-se; com a dúvida, impacienta-se, perde a perspectiva, porque nada espera do futuro.

  O Espírito Vianna de Carvalho ensina que, “na etiopatogenia das alienações de natureza psiquiátrica  ou por obsessão, está viva e atuante a ignorância, que aguarda a terapia do esclarecimento, como medida de socorro imediato para posterior ou simultâneo atendimento que favoreça a libertação. O conhecimento é luz acesa na noite da ignorância, clareando os rumos.

A Doutrina Espírita, porque representa a mais completa expressão do divino pensamento, que pode ser examinado e vivido pela razão, não deve enclausurar-se em chavões ultrapassados, aprisionando-se em limites que atendam a paixões  e “pontos de vista”, por mais respeitáveis se apresentem.

Doutrina de livre exame, também o é de livre ação, convidando cada consciência a assumir responsabilidades, após iluminada pelo ensino Espírita, de cujos resultados responderá, hoje ou depois, sem mecanismos de evasão, nem justificações urdidas por meio do maquiavelismo de qualquer natureza.

Há muita angústia aguardando a contribuição Espírita, e muita loucura necessitando de socorro Espírita. Todos os nobres contributos lavrados na Codificação Kardequiana, viga mestra, inconfundível e indispensável, do edifício do Espiritismo, independentes da ação de grupos ou consensos humanos, são de valiosa e urgente necessidade de aplicação.

Obviamente, a ação em grupo, o trabalho em equipe, resultando da permuta de experiências como dos estudos bem dirigidos, torna-se de alto significado.

Todavia, não somente através de tal metodologia, senão, também, pela atividade individual, abnegada e rica de devotamento de cada Espírita.

Não há, portanto, por que malbaratar-se recursos nem desperdiçar tempo, enquanto os desafios permanecem vitimando e destruindo vidas.

Todos os Espíritas sinceros, estudiosos e afeiçoados ao bem, encontram-se convocados para o ministério do auxílio, através da difusão dos postulados Espíritas, que, propiciando perfeito entendimento das lições evangélicas, representam a medicação oportuna e urgente para a massa desesperada, o homem aturdido...

Sem complexidades nem estruturações estapafúrdias, trabalhemos na sã divulgação do Espiritismo.

Não basta apontar erros. Indispensável saná-los.

Muito cômodo é estabelecer e impor diretrizes para os outros. Urgente, no entanto, vivê-las. Fácil é condenar e agredir. O desafio, porém, é mudar a situação.

O conhecimento Espírita objetiva reformular as atuais conceituações e transformar as estruturas vigentes, facultando felicidade às criaturas, sem o que perde a finalidade.

Esta é, por consequência, hora de decisão Espírita.

Uma página Espírita breve é carta de alento ao homem em depressão.

Uma palestra Espírita é classe de otimismo e ensino para a ignorância em predomínio.

Um livro Espírita é curso de profundidade para despertamento e conduta dos que se atêm no desconhecimento dos valores e da oportunidade da vida.

Uma conferência Espírita é fecundo veio aurífero de informação e roteiro, ao alcance de quem pensa.

Um debate Espírita é intercâmbio de esclarecimentos com que se reformulam conceitos.

A ação Espírita, em qualquer lugar, é vida nova, atraente, chamando a atenção para a liberdade e a saúde.

Firmar-se no contexto da Revelação Espírita para ensinar e informar é fundamental, nos momentos que vivemos.

Na hora da informática com os seus valiosos recursos, o Espírita não se pode marginalizar, sob pretextos pueris, em que disfarça a timidez, o desamor à causa ou a indiferença pela divulgação, porquanto o único antídoto à má imprensa, na sua vária expressão, é a aplicação dos postulados Espíritas, hoje ainda ignorados e confundidos com as superstições, crendices, sofrendo as velhas conotações infelizes com que o caluniaram no passado, aguardando ser despojado das mazelas que lhe atiraram os frívolos e os déspotas, os fanáticos e os de má-fé, quanto os que se apoiavam nos interesses subalternos inconfessáveis...

Hora de mentalidades abertas às informações de toda ordem, este é o nosso momento de programar tarefas, fomentar a divulgação por todos os meios, tornando-se cada companheiro honesto e dedicado, nova carta-viva,  para a estruturação de um homem melhor, portanto, de uma sociedade mais justa, uma humanidade mais feliz.

Caridade para com o Espiritismo é dever de todos que nele haurem paz e vigor, sendo nossa maneira de exercê-la, divulgá-lo, levá-lo à ignorância  e àqueles que sofrem a férrea pressão, sem desânimo nem tergiversação de nossa parte.” (Reflexões Espíritas-Espíritos Vianna de Carvalho e Hugo Reis, médium Divaldo Franco)  

Nenhum comentário:

Postar um comentário