Páginas

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Tragédias – Explicação Espírita
Estamos Preparados?
Onde buscar o consolo?

“Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco; o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Mas aquele Consolador, o Santo Espírito, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. João, 14;15 a 17 e 26
Ouvimos notícias de todos os cantos do mundo relatando tragédias terríveis motivadas por desastres aéreos, desastres ferroviários, desastres rodoviários, desastres marítimos, vulcões, tsunamis, incêndios, epidemias, que dizimam milhares de criaturas, além de outras de menor monta, perpetradas por pessoas desequilibradas, algumas classificadas mesmo como passionais. Em geral, muitos destes acontecimentos nos tocam, mesmo tendo ocorrido em lugares distantes. É natural que procuremos esquecer os fatos ruins provenientes de tragédias que matam outros seres, pois que, racionalmente, entendemos que não temos poderes para mudar tais fatos, sendo preciso esquecê-los. Temos que seguir em frente. Infelizmente, existem pessoas que adoram remoer as dores, principalmente, os meios de comunicação que ganham audiência falando e mostrando cenas tétricas, revolvendo as feridas, comovendo milhões de telespectadores e ouvintes, batendo nas feridas abertas, prejudicando ainda mais as situações dos envolvidos, que por si só já são chocantes, sempre procurando culpados. O despreparo da grande maioria sobre as questões que dizem respeito à morte física ainda é muito grande, basta assistir TV ou ver na internet, ou ouvir rádio, que nos depararemos com a triste realidade, onde predominam as ideias materialistas, isto é, “perda” do parente, da casa, das coisas, etc. Tudo é tragédia. Ninguém indaga se Deus sabe ou não sabe o que acontece ou porque acontece. Alguns questionam o Criador, bradando porque não evitou tamanhas desgraças...

O Professor Allan Kardec foi quem primeiro tratou da Psicologia e da Educação para a Morte. Como ensina o Professor Herculano Pires, em seu livro “Educação para a Morte”, as religiões podiam ter prestado um grande serviço à Humanidade se houvessem colocado o problema da morte com naturalidade, porém, nascidas da magia e amamentadas pela mitologia, só fizeram complicar mais as coisas. As pessoas têm medo da morte porque os teólogos, desde a idade média,  introjetaram em suas consciências a farsa dos poderes divinos que as ameaçam do berço ao túmulo e além-túmulo, com o céu ou o inferno. Assim, não é de admirar que os pais e as mães, os parentes dos mortos se apavorem e se desesperem diante do fato irremissível da morte.

Jesus demonstrou que a morte se resolve na Páscoa da ressurreição, ou seja, que ninguém morre, que todos temos o corpo espiritual e vivemos no Além, bem mais vivos do que os encarnados aqui na Terra.

As religiões perderam a capacidade de socorrer e de consolar os que se desesperam com a morte de pessoas amadas, pois, seus instrumentos de consolação perderam a eficiência antiga que se apoiava no obscurantismo das populações, permanentemente ameaçadas pela ira de Deus. Estas mesmas religiões, que se auto intitulam como representantes de Deus e de Jesus aqui na Terra, confessam que nada sabem sobre a vida espiritual e aconselham a seus fiéis as práticas antiquadas das rezas e cerimônias.

O conhecimento Espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente e permitindo-nos iniciar uma transformação íntima, que nos aproxima de Deus. Esse processo de compreensão dos problemas da vida passa pelo conhecimento de nós mesmos, como afirma Christiano Torchi em sua obra “Espiritismo,  Passo a Passo com Kardec”. Nesta importante obra, este autor diz-nos que “esmagadora percentagem dos habitantes do planeta, mergulhada na vida atribulada da atualidade, não está interessada nos problemas fundamentais da existência. A nossa prioridade tem sido a preocupação com os negócios, com a carreira profissional, com os  prazeres, com os problemas particulares. Consideramos questões como a existência de Deus e a imortalidade da alma matéria de competência de sacerdotes, de ministros religiosos, de filósofos e teólogos. Enquanto tudo vai bem em nossa vida, nem nos lembramos de que Deus existe e, quando lembramos, é apenas para fazer uma oração, ir ao templo, como se tais atitudes fossem simples obrigações, das quais todos temos que nos desincumbir de uma maneira ou de outra. A religião para muitos de nós representa mera formalidade social, algo sem muito significado; no máximo praticamos uma “religião de fachada”, por desencargo de consciência, para estar de bem com Deus e a sociedade. Outros, inclusive, sequer têm firme convicção daquilo que professam, alimentando sérias dúvidas a respeito”.

A Doutrina Espírita responde a inúmeras questões que afligem a Humanidade, como problemas morais, físicos, financeiros, morte, sentido da vida e destino dos homens, entre tantas outras questões.

Com a certeza da imortalidade, o homem trabalha, ama, espera, perdoa e se resigna; com a dúvida, impacienta-se, perde a perspectiva, porque nada espera do futuro, como ensina Allan Kardec.
 
E, ninguém passa por maus momentos, como costuma-se dizer, se não há um motivo. Com o estudo da Doutrina Espírita, aprendemos que existem Leis Divinas que regem todo o Universo, como por exemplo a Lei de Causa e Efeito, que é aplicada para restabelecer a Lei quando é atropelada por nós, com nossas atitudes em todos os tempos. Toda  expiação é uma prova, porém, nem toda prova é uma expiação. Todo sofrimento experimentado pelo Espírito nem sempre provém de faltas cometidas. Em certas circunstâncias o Espírito pode escolher um tipo de prova que lhe dê um impulso mais rápido em sua evolução.
E Deus não castiga seus filhos. Ele é Justiça total. Ele reeduca seus filhos. O sofrimento é inerente à imperfeição do Espírito em aprendizado. Deus corrige seus filhos para que eles aprendam e evoluam, haja vista que todos estamos a caminho da perfeição. Em cada encarnação avançamos nesta direção, progredindo sempre, tal é a lei, como já disse Kardec.

Diz Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, que “o homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade. Praticando a Lei de Deus, de muitos males se forrará e proporcionará para si mesmo felicidade tão grande quanto comporte a sua existência grosseira”.

Desse modo, o Espiritismo responde a muitas questões, esclarecendo a todos nós que aqui estamos temporariamente.

Tragédia no Circo

Conta o Espírito Humberto de Campos, por exemplo, que no ano 177, em Lyon, na Gália, dominada pelo império romano e hoje território francês, ao tempo em que era imperador Marco Aurélio, mais de vinte mil pessoas já haviam sido mortas, todas  por serem cristãs. Como teriam a visita de Lúcio Galo, famoso militar e amigo do imperador, planejaram, então, sob a direção de Álcio Plancus, uma recepção diferente para o renomado visitante, inovando nas apresentações de danças e lutas. Cada um dos presentes à reunião deveria levar um cristão. – Cada um de nós traga um... Essas pragas jazem escondidas por toda a parte... Caçá-las e exterminá-las é o serviço da hora...  Durante a noite inteira, mais de mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia subsequente, ao Sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos cavalos em correria.

- Quase dezoito séculos passaram sobre o tenebroso acontecimento... Entretanto, a justiça da Lei, através da reencarnação, reaproximou todos os responsáveis, que, em diversas posições de idade física, se reuniram de novo para dolorosa expiação, a 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niteroi, em comovedora tragédia num circo. (Cartas e Crônicas-Espírito Humberto de Campos, médium C. Xavier)

Nenhum comentário:

Postar um comentário